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Charli XCX entrevista Pabllo Vittar

As amigas Vittar e Charli conversam sobre tudo: do que significa ser um ícone LGBTQ, até as colaborações de diva dos sonhos, noites no Brasil, paixão da Pabllo pelo Diplo e muito mais.

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A natureza inclusiva do trabalho de Pabllo Vittar acabou chamando a atenção de Charli XCX, artista britânica e hitmaker, e as duas colaboraram numa canção.

Continue lendo, enquanto os amigos Vittar e Charli conversam sobre tudo: do que significa ser um ícone LGBTQ, até as colaborações de diva dos sonhos, noites no Brasil, paixão da Pabllo pelo Diplo e muito mais.

Charli XCX: Quando eu fui ao Brasil para tocar num festival e conhecer e cumprimentar meus fãs, perguntei a eles: “Quem é o melhor artista do Brasil agora?” Todos disseram “Pabllo Vittar” e começaram a compartilhar comigo seus videoclipes e disseram: “Você tem que conferir a Pabllo, ela é a melhor pessoa da música brasileira e representa a comunidade LGBTQ do país”. Você é uma figura tão importante na comunidade LGBTQ, como você se sente representando sua comunidade em um nível tão grande?

Pabllo Vittar: Eu me sinto muito feliz com isso, porque é ótimo representar minha comunidade de uma maneira tão grande, e nós vivemos nos momentos mais difíceis de todos os tempos, e poder representar essa comunidade dá força não apenas para meus fãs, mas também para eu mesma continuar fazendo o trabalho que faço, o que é muito importante. Fazer isso retrata uma mensagem tão importante para crianças e adolescentes que têm sofrido intimidações como eu quando estava com essa idade.

C: Eu vejo o Brasil como um lugar tão vibrante, mas sei que ainda há muito preconceito contra essa comunidade. Como foi crescer como membro da comunidade LGBTQ no Brasil? Foi difícil?

P: Foi muito difícil no começo. Eu sempre sonhei em ser capaz de atuar, estar em um palco, cantar  e fazer arte, mas ao mesmo tempo eu não tinha muita esperança por causa de todo o bullying que eu tinha passado. As pessoas na escola diziam que eu nunca seria alguém, e por muito tempo na minha vida, eu acreditei nisso, mas quando você tem seus pais, sua família e amigos te apoiando, tudo fica mais fácil. Eu me sinto abençoada por ter pessoas tão boas ao meu redor.

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C: Performar faz você se sentir livre?

P: Totalmente. É o que me faz sentir mais livre. Se eu não pudesse fazer drag, cantar ou fazer o que faço, me sentiria muito triste. Eu me sentiria como um pássaro fora do ninho. 

C: Então, qual é a sua música favorita de Beyoncé de todos os tempos?

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P: [Gritos] Eu gosto muito do novo álbum Everything Is Love, do lado dela e do Jay-Z, mas a música que eu sempre vou amar interpretar é “Crazy In Love”.

C: Você e eu fizemos uma música juntas [“I Got It” do Pop 2], e fiquei tão feliz por trabalharmos juntos com Brooke Candy e Cupcakke. Eu sinto que criamos uma música que, sempre que eu toco ao vivo, as pessoas ficam loucas. Você já pensou de a gente tocar essa música juntas? Eu adoraria tocar com você e adoraria tocar no Brasil, porque ouvi que os fãs brasileiros são os melhores do mundo.

P: AI MEU DEUS, eu realmente quero isso. Toda vez que estou com meus amigos, gostamos de ouvir essa música. E eles sempre me perguntam: “Oh, quando você vai se apresentar com as garotas?”, e eu sempre digo que espero que possamos fazer isso muito em breve.

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C: Suas roupas estão sempre no ponto. Eu amo o seu Instagram, eu sinto que você está sempre se produzindo. Você está sempre com muitas cores e tem seu cabelo e maquiagem feitos. Seu estilo reflete seu humor? Ou você é sempre a mesma pessoa, e você só quer experimentar em cima disso?

P: Toda vez que eu estou de drag, eu me sinto totalmente diferente. Drag é isso. Toda vez que você se monta, você pode ser uma pessoa diferente. Por exemplo, hoje eu tenho cabelo rosa, parecendo muito Kylie Jenner. Mas sempre que eu me monto, tento ser o meu melhor e fazer todo mundo feliz.

C: Quantas perucas você possui?

P: Contando com a que você vai me dar quando nos virmos, eu terei 25.

C: Uau, eu só tenho duas, então estou impressionada. OK, esta é uma pergunta que eu estava morrendo de vontade de fazer: como é ficar com o Diplo?

P: Eu sei que você deve ter alguns amigos que devem ter dito isso já, mas do meu ponto de vista, a boca de Diplo e a minha deveriam estar juntas. Seus lábios são doces e macios, parecia que eu estava comendo jambo, que é uma fruta muito doce e deliciosa do Brasil. Eu não tenho palavras.

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C: Como foi trabalhar com Anitta e Diplo em “Sua Cara”?

P: Eu amo muito a Anitta e o Diplo. Quando comecei, sempre quis colaborar com Anitta. E eu sempre fui um fã do Major Lazer, isso não é segredo. Eu o amo desde que comecei a fazer música, então quando tive a oportunidade de trabalhar com Anitta para o álbum de Major Lazer, foi como realizar dois sonhos ao mesmo tempo. Foi fantástico. Estava tão quente lá, mas eu iria passar por todo aquele tempo quente e eu comeria toda aquela areia novamente só para estar perto de Diplo e trabalhar com Anitta mais uma vez.

C: Toda vez que eu o encontro, ele fala sobre o quão quente você é. Eu acho que ele tem uma quedinha por você.

P: Diplo! Venha para mim, minha querida. Eu acho que ele tem uma queda por mim, e eu também tenho uma queda por ele. Eu estava em Los Angeles gravando meu novo álbum, mas ele não estava lá. Isso foi triste. Mas respirar o mesmo ar que o meu “papai” era muito bom. 

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C: Aliás, como está o novo álbum?

P: Vai Passar Mal [meu último álbum] é um álbum muito bom, mas é hora do próximo vir. E estou muito feliz, porque as pessoas vão ouvir a mesma influência da música brasileira, do norte e nordeste do Brasil. Neste novo álbum, haverá influências da música pop latina e internacional, e eu estou muito feliz com as pessoas que estão se apresentando – pessoas que estão crescendo e que eu já era amigo. E estou muito animado para lançar o próximo single. Estou prestes a fazer o vídeo para o próximo single e feliz com isso.

C: Qual é a coisa mais inspiradora do Brasil para você?

P: A comunidade LGBTQ+. Os gays afeminados. Eu faço música para eles. Eles são uma parte maravilhosa da comunidade… E não apenas os gays afeminados, mas a comunidade como um todo, nós somos muito forte. Isso me faz feliz por ter nascido no Brasil. Se eu pudesse ter escolhido onde nascer, eu teria nascido aqui de qualquer maneira, porque as pessoas LGBTQ+ aqui no Brasil são muito fortes. Não quero dizer que a comunidade não seja forte em outros lugares, mas aqui temos um trabalho a fazer – nos unir como pessoas.

C: Se você pudesse trabalhar com qualquer diva, passado ou presente, quem seria? Qual é a sua colaboração dos sonhos?

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P: Eu adoraria colaborar com Demi Lovato. Eu amo ela. Também Beyoncé e Rihanna, que têm incríveis alcances vocais. Eu acho que principalmente Beyoncé e Rihanna.

C: Ah, eu amei! Seria a melhor girlband de todos os tempos. Eu quero saber qual é a melhor noite com Pabllo Vittar: Onde estamos indo? O que estamos bebendo? Estamos dançando?

P: Posso dizer tudo? [risadas] Minha noite de festa é me reunir com meus amigos, ouvir hip-hop, artistas de PC Music, música pop, especialmente música brasileira, e beber tudo que pudermos. Gin e tônica e mel de Tennessee de Jack Daniels são minhas bebidas favoritas.

C: Você pensa em fazer turnê fora do Brasil? Você está planejando ir a outros festivais e viajar pelo mundo no futuro?

P: Eu realmente sinto vontade de fazer isso no próximo ano. Eu não acho que estou preparada ainda. Estou muito focado agora no meu novo álbum por enquanto. Eu sinto vontade de ir ao exterior para assistir a shows dos artistas que eu gosto, mas performando mesmo eu acho que apenas no próximo ano. E estou muito animada para levar minha música para lugares que ainda não estive.

C: Incrível, obrigada pela conversa, Pabllo. Você é incrível! Eu mal posso esperar para te ver.

P: Tchau, Charli, eu te amo muito. E apesar de já termos trabalhado juntos, sou uma grande fã, desde sempre. E “Drugs” [com a ABRA] é a minha música favorita sua, aliás. Você devia fazer mais colaborações como essa.

Post traduzido e editado do site Papermag, postado originalmente aqui.

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