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O nazismo nos ensina porque um LGBT não deve apoiar e votar em Jair Bolsonaro

Explicação para os LGBTs que apoiam Jair Bolsonaro, usando como exemplo o que ocorreu durante o nazismo, porque é errado apoiar o intolerante candidato à presidente da República, pois isso eventualmente se virará contra os LGBTs.

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O perfil @MolaMolera fez um excelente tópico, no Twitter, para os LGBTs que apoiam Jair Bolsonaro, explicando a partir do exemplo do que ocorreu durante o nazismo como é errado apoiarmos o intolerante candidato à presidente da República, pois isso eventualmente se virará contra nós. Confira a seguir.

Esse é o Ernst Röhm. Ele era um homossexual assumido, muito antes do Hitler assumir o poder. Ele foi, mesmo sendo gay, um dos braços direitos de Hitler, o que irritava a política homofóbica do partido nazista.

Ele foi comandante de uma milícia que defendia o partido nazista e acabou conseguindo um alto cargo no governo. Por causa disso, muitos homossexuais da Alemanha acreditaram que havia alguma chance do Hitler poupar suas vidas (principalmente se eles fossem Alemães).

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Só que Hitler poupou Röhm e começou a mandar LGBTs para campos de concentração, onde eles eram torturados, estuprados e mortos de maneiras bem cruéis, como por exemplo, jogados vivos aos pastores alemães (isso mesmo, os cachorros). O restante das pessoas nunca aceitou a homossexualidade de Röhm, mesmo com o Hitler defendendo que sua vida privada não tinha nada a ver com o que ele fazia (isso porque Hitler se aproveitava das qualidades dele no comando da milícia). Essa é uma das charges que surgiu na época.

Quando o exército, a galera da propaganda nazista e o próprio partido decidiram que não dava pra aceitar que Röhm fosse gay e destruísse a pureza do país, Hitler decidiu que ele tinha “o direito de se matar” pra não ser morto. Deixaram uma arma pra ele, que já estava preso, avisando que podia se matar ou seria morto. Encontraram-no pouco depois com a arma intocada e o peito aberto em provocação. Assim Röhm foi assassinado. No fim das contas, Hitler explicou para a Alemanha que ele tinha sido morto por ALTA TRAIÇÃO, embora ninguém nunca tenha dito o que ele fez. A homossexualidade também foi incluída como causa da execução.

Assim como todos os homossexuais levados pros campos de concentração, nem o alto cargo do Röhm ou sua amizade com o próprio Hitler o salvou do destino dos seus iguais (a morte). A homofobia não te poupa quando você se alia aos seus inimigos, o que acontece é que você é usado por eles.

Pra quem quiser saber o que acontece com LGBTs quando os conservadores populistas, como o Bolsonaro, tomam o poder, indico o documentário “Parágrafo 175”, sobre os homossexuais no Holocausto. Lá você conhece a história do Röhm, mas escuta a voz dos sobreviventes. Gente que viveu o inferno e tenta nos alertar para não repetir os mesmos erros. Um dos depoimentos diz que ninguém esperava que aquilo fosse acontecer, nem que Hitler seria eleito, mesmo com a crise econômica que a Alemanha vivia. Após eleito, as mudanças brutais aconteceram em questão de MESES. Já não havia mais o que fazer.

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Se você não se sente representado pelo movimento LGBT, ou não se enxerga nos LGBTs que conhece, por favor, faça um esforço para entender que defender discursos como o do Bolsonaro vai prejudicar diretamente sua vida, que hoje só está mais tolerável por causa da luta de muita gente. Estude sua história, se inspire nos personagens incríveis que lutaram por nós. Se não gosta da forma como o movimento LGBT lida com as coisas, dispute politicamente essa narrativa, mas, por favor, digo pelo seu bem, não se alie aos seus inimigos. Não se iluda pelos discursos deles.

Não podemos deixar que a história se repita. Muita gente e muitas vidas estão em jogo quando você reproduz um discurso como o de Bolsonaro. Tome cuidado. Estude. Respeite os que vieram e morreram antes de nós.

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Tópico postado originalmente aqui.

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