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Fantasia racista de KKK de drag queen brasileira gera revolta

Uma drag brasileira se fantasiou de KKK para uma festa e causou revolta com seu ato racista.

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Novembro é o mês da Consciência Negra no Brasil e como somos homenageados? Com drag queen fazendo performance racista!

No dia 26 de Outubro em Piracicaba (SP), durante a festa “A Paradinha – The Walking Drag” a Drag Verona, rainha brasileira, se fantasiou de KKK. Na performance ainda bebeu sangue de um boneco que representava um bebê negro. Quem foi ao evento fez registros da performance e expôs nas redes sociais o ato de racismo que pode ser conferido a seguir:

Denúncia de racismo pt1

Denúncia de racismo pt2

Denúncia de racismo pt3

Fotos da performance da Drag Verona.

A drag fantasiada de KKK.

A drag performando e bebendo sangue de um “bebê negro”.

>  Jussie Smollett é vítima de crime de ódio, racismo e homofobia
>  Barraco Drag: Pabllo Vittar Vs. Anitta

A drag até fez um pedido de desculpas para as pessoas “que se sentiram ofendidas”. Isso não é questão de se sentir ofendido, racismo é crime e merece punição.

A ONG Casvi responsável pela festa e pela Parada LGBT de Piracicaba emitiu um comunicado oficial sobre a performance da Drag Verona, “INFORMAMOS QUE A DRAG VERONA NÃO FAZ MAIS PARTE DO ELENCO DA PARADA DA DIVERSIDADE E ORGULHO LGBT DE PIRACICABA, POR NÃO TER AGIDO DE ACORDO COM OS VALORES DA INSTITUIÇÃO E DO EVENTO. Não compactuamos com qualquer prática discriminatória nem de conivência com as mesmas. Não compactuamos com qualquer prática discriminatória nem de conivência com as mesmas. Qualquer pessoa que conheça o trabalho que realizamos em prol das populações vulneráveis de Piracicaba conhece os valores que pautam nossa atuação. Reduzir 27 anos de história de luta social por um episódio que não estava sobre nosso controle não é a melhor forma de resolver o problema”. A nota d ONG foi postada aqui.

Mas nem todos aceitaram as desculpas da ONG.

Drag Verona se manifestou em seu facebook se desculpando: “EU NÃO SOU RACISTA E NÃO FIZ APOLOGIA AO RACISMO!!! Eu pensei numa performance satanista, onde eu traria o apocalipse, através de várias coisas; governos (Bolsonaro), igrejas (Universal e demais aproveitadoras da fé cega), rituais e etc, porém fugiu do controle ao colocar o KKK. ERREI??? SIMMMMM!!! e me arrependo amargamente a cada segundo.O bebê foi algo impensado, nada a ver com a ideia acima, porque foi a boneca mais barata que encontrei no centro pra poder usar na performance… EU PEÇO PERDÃO A TODOS QUE OFENDI E DECEPCIONEI!!!” (postado aqui)

>  Ncuti Gatwa, de Sex Education: "A experiência negra e gay nem sempre é contada"

A queen Samantha Banks se pronunciou contra esse ato racista no Facebook.

Já não basta a gente ter que lidar com drag fazendo blackface agora isso? Parece que não evoluímos NADA! Brasil e sua falsa democracia racial. Estou enojada e revoltada.

APOLOGIA AO RACISMO NÃO É ARTE, É CRIME.

Peço que não ataquem ou façam ameaças a Drag Verona. Ela errou e tomara que aprenda com isso. Mas é importante que a gente não normalize essas atitudes. Pois foi por normalizar o racismo, machismo, LGBTfobia e muitas outras atitudes problemáticas de Jair Bolsonaro, que hoje ele está eleito presidente do Brasil, dando voz a todas essas opressões que fazem vítimas diariamente.

Infelizmente o fandom de Drag Race tem um grande histórico de racismo, se você quiser ler mais notícias relacionadas ao tema clique aqui.

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O QUE É A KKK?

A Ku Klux Klan (KKK) foi uma organização racista secreta que nasceu no final do século 19 nos Estados Unidos. Ela foi fundada em 1866, no Tennessee, como um clube social que reunia veteranos confederados, ou seja, soldados que haviam lutado pelos estados do Sul, o lado derrotado, na Guerra Civil Americana (1861-1865). Na defesa da manutenção da supremacia branca no país, o grupo promovia atos de violência e intimidação contra os negros libertados.

Mais informações sobre a KKK podem ser lidas aqui e aqui.

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